Principais tipos de resina para madeira

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Considerada cada vez mais pelos marceneiros, a resina para madeira também vem sendo muito utilizada para quem deseja produzir peças próprias ou até mesmo fazer mudanças no ambiente de casa. A opção pela solução é por conta de sua grande aplicabilidade, que explora a madeira de forma única. 

Resina para madeira

O seu proveito também se deve ao fato de decorados revestidos com resina para madeira serem grande fonte de renda por conta do seu alto valor agregado. Muitas pessoas buscam abrir negócios próprios no ramo por esse motivo. 

O objetivo principal da resina para madeira é criar propriedades na madeira que não são naturais ou otimizar características dela já existentes. Vale lembrar que a madeira, por ser natural, não aceita qualquer tipo de produto. A diversidade de resinas, cada qual com a sua finalidade, faz com que cada uma delas ofereça propriedades distintas à madeira. 

Não existe a melhor ou a pior resina, mas sim a que mais se adequa às características desejadas. Podemos citar alguns benefícios da resina para a madeira:

  • Durabilidade: por ser uma matéria-prima, a madeira se torna suscetível a se deteriorar. A resina age no papel de tornar mais duradoura a sua superfície. 
  • Brilho: a resina para madeira proporciona brilho às superfícies da madeira. Vale a ressalva de que há também opções de resinas que são opacas – tudo vai depender do gosto e estilo da pessoa. 
  • Resistência: varia de acordo com o seu tipo, mas a resina, de qualquer forma, torna a madeira mais resistente.
  • Proteção contra agentes químicos: a resina ajuda a conservar a madeira, mesmo diante de produtos de limpeza, por exemplo, usados em móveis, janelas, portas, pisos, entre outros. 
  • Proteção contra agentes biológicos: por conta da resina, devido a sua camada externa, os cupins não comem a madeira e nem se hospedam nela. 
  • Previne o estufamento da madeira: a resina, por ser impermeável, faz com que a umidade não seja absorvida pela madeira.

 O que é e quais os tipos de resina

Afinal, o que é resina? Ela é uma espécie de secreção formada em árvores, principalmente as coníferas, e tem um aspecto viscoso, insolúvel à água e não cristalino.

Mesmo ela sendo uma substância natural, é possível a sua produção de forma sintética através de fontes não renováveis. Ela serve para a fabricação de plásticos e produtos. 

Existem diversos tipos de resina para madeira, cada um com suas funcionalidades. Elas podem ser divididas em duas categorias: naturais e sintéticas. 

As primeiras são formadas pelas plantas e são inflamáveis, além de terem um tom amarelado. Seus tipos podem ser: âmbar, formada por um vegetal rígido fossilizado, encontrado em árvores, como, por exemplo, o pinheiro. 

Outro tipo é o breu, muito utilizado para fabricação de sabão em pó, tintas, vernizes e em indústrias de papel. Mais exemplos naturais: Incenso, Resina de mamona, Laca, Mirra, Goma-laca, Copals sul-americanas e Bálsamo do Peru.

Já as sintéticas são feitas na maioria das vezes através do petróleo. Uma bastante utilizada para produção de adesivos, tintas e plásticos é a resina aromática. Em fórmulas com resinas alquídicas, ela melhora a secagem e o brilho. Outros exemplos: Resinas fenólicas, Resinas poliéster, Resinas polipropileno, Resina epóxi e Resina de PVC.

Juntando ambas as categorias, os principais tipos de resina para madeira são: 

  • Resina epóxi: usada para diversos segmentos, entre eles o de fabricação de tintas, ela é um tipo de plástico termorrígido e pode ser utilizada para embalagens de alimentos, catalisadores e artigos esportivos, por exemplo. Ela é muito resistente, tem grande capacidade de aderência e pode também ter proteção ultravioleta. 
  • Resina poliéster: muito usada em veículos, por conter uma tinta que é favorável a retoques, laminação e também para o processo de basecoats automotivas.
  • Resina breu: é encontrada principalmente na Floresta Amazônica, na árvore de almécega. É bastante utilizada em instrumentos musicais, em seu arco, o que gera maior aderência com a corda. E também no ramo da medicina, cabos de aço e incenso. 
  • PVC: sua forma original não é muito usada, mas quando misturada com aditivos químicos, serve para fabricação de tubulações, revestimentos, embalagens e até na área da medicina em materiais para cirurgia.
  • Resina fenólica: é encontrada em seu estado sólido, o que auxilia para produzir madeira industrial, além de ser muito empregada para a produção de bolas de sinuca, produtos isolantes e composição de tintas e vernizes. 

História do uso de resina

Além das resinas naturais, por conta do avanço tecnológico a partir de meados do século XIX, a produção de resina, por meios sintéticos, começou a ser feita pelos seres humanos. Tudo através de reações químicas de compostos obtidos em fontes não renováveis. 

As resinas de incenso e mirra, ambas naturais, eram frequentemente usadas na Grécia e na Roma antigas em rituais religiosos, assim como no Egito. O âmbar, por exemplo, era muito utilizado em comércio na Europa durante a Idade da Pedra (3500 a.C). 

Ao longo da história, as resinas também eram importantes no meio naval, utilizadas em sua forma líquida em cordas e lonas e na estrutura de madeira, muito por conta da sua ação impermeabilizante, que deixava mais resistentes as estruturas dos navios. Seu uso também era em componentes de vernizes e tintas.

Mas nem tudo são flores. O seu uso excessivo ocasiona o desmatamento, além do desequilíbrio em certos ecossistemas. Por isso, novas alternativas de produção foram necessárias, sendo criada, assim, a sua forma sintética. 

Uma das primeiras usadas foi a resina fenólica, que é considerada como o primeiro polímero termorrígido produzido para uso comercial. Ela se destaca pelo seu ótimo comportamento técnico, alta resistência, grande capacidade de agir como isolante térmico e elétrico e alto nível de força.

 Como já dito anteriormente, as resinas sintéticas são, muitas delas, provenientes do petróleo. Portanto, seu processo de produção não é originário de fontes renováveis.

Sobre a resina epóxi

O principal tipo de resina para madeira é a epóxi, cujo seu material é semelhante ao plástico. Ela também é conhecida como poliepóxido. Ao entrar em contato com um agente catalisador, ela é endurecida, tornando-se rígida e sólida. 

A resina epóxi é muito utilizada no mercado de decoração de interiores por ter um revestimento muito resistente, durável e fácil de limpar. Com auto nivelamento, pode ser usada sobre outros revestimentos como pedras, pisos cerâmicos e porcelanatos. 

Por ser impermeável, pode ser utilizada em todos os cômodos de sua casa – quarto, banheiro, sala, cozinha. Sua variedade de cores, desenhos e estampas é um ponto muito quisto. Sua durabilidade e resistência também é destacada, resistindo a diversos agentes químicos. Seu acabamento pode ser tanto brilhante, quanto fosco. 

Uma boa opção de uso é no piso, que é monolítico. Ou seja, um piso único e sem emendas e que não contém marcas de rejunte. Aplicado, o espaço se torna mais amplo visualmente e é ideal para uma decoração mais clean. 

Como aplicar a resina na madeira

Para atender às suas expectativas, algumas dicas de como aplicar a resina na madeira são importantes – os passos abaixo podem ser seguidos para qualquer tipo de resina. 

Primeiro de tudo, escolha a madeira. Saiba determinar qual madeira vai ser a ideal para cada funcionalidade. Existem diversos tipos, cada uma com suas características. Exemplos de boas opções são as madeiras maciças como a ipê, cedro, maçaranduba, jatobá, teca, cumaru, muiracatiara e pinus. Caso seja preciso, converse com um especialista da área. 

O segundo passo é a escolha do fornecedor. Atente-se a madeiras que possuam certificados que comprovem que elas foram extraídas de forma legal. A seleção é fundamental para a durabilidade de seus móveis, pisos ou qualquer outra funcionalidade. 

Após deixar a madeira de acordo com a sua escolha – mesa, móvel, porta, piso, etc -, é o momento para se lixar o material. Comece com as lixas mais grossas e gradativamente vá passando para as lixas mais finas. Tenha cuidado com imperfeições e lascas. 

Dando seguimento, é hora da limpeza da madeira. Passe uma escova grande, seguido de um aspirador e finalizando novamente com uma escova grande. Não deixe resquícios do pó da serra, pois isso pode interferir no resultado final. 

Chegou o momento de aplicar a resina. Atente-se às instruções do fabricante. Utilize pincéis ou rolos e faça a aplicação em duas camadas para aumentar as propriedades sinergéticas. 

A resina epóxi vem sendo muito usada em mesas de madeira. Ela traz uma finalização parecida com 3D, o que vai além da cobertura e acabamento do objeto. Há duas maneiras para se fazer isso: usar a resina para recobrir toda a mesa ou usá-la como seu complemento. 

Para recobrir, basta passar as camadas do epóxi com transparência na mesa, para dar ao móvel um aspecto de brilho, parecendo que há uma camada de vidro sobre a madeira, dando um visual de muita elegância. 

Para usar como complemento, use pedaços de madeira e moldes de epóxi para fazer a construção da mesa. Essa opção deixa o objeto muito estiloso e sofisticado. Com essa opção, é possível ter muitas possibilidades de cores, estampas e texturas. Uma mesa feita dessa forma possui alto valor agregado e pode ser vendida por bons preços, gerando ótimos lucros para quem as produz. 

Há, portanto, diversas opções de resina para madeira, com a epóxi tendo grande destaque. 

 

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