Você sabe do que se trata o termo madeira de lei?
Enquanto muitas pessoas sabem que essa é uma expressão que designa um material de qualidade, outras não sabem os motivos pelos quais as melhores madeiras são chamadas assim.
A verdade é que essa é uma terminologia histórica.
Segundo o site Superinteressante, as madeiras de lei eram chamadas assim porque designavam árvores que a Coroa portuguesa precisava aprovar para que fossem cortadas.
Hoje, porém, esse termo serve a outra função, sendo uma forma de apontar que a madeira em questão, usada no fabrico de móveis, prateleiras, janelas, portas e muito mais, é extremamente resistente a determinados tipos de dano.
O que mais designa uma madeira de lei?
Já entendemos que a madeira de lei é uma madeira de extrema resistência, certo? Mas o que mais é preciso ter para ser considerada uma madeira desse tipo?
– Em suma, esse termo está amplamente ligado a qualidade em geral. Algumas espécies são automaticamente consideradas como madeiras desse tipo, como o CEDRO, o Jatobá, a Peroba, a Imbuia e o Jacarandá.
– O Pau-Brasil também faz parte dessa lista e, historicamente, foi a primeira espécie a ser considerada como madeira de lei.
A lei de corte supervisionado não existe mais, ainda que o termo perdure.
- Não é segredo para ninguém que a madeira é um material recheado de benefícios. Porém, ao se falar da madeira de lei, pode-se contar com ainda mais deles!
- A resistência desse tipo de madeira fala muito de sua durabilidade em relação a insetos e à umidade, mas ela também costuma apresentar um excelente custo-benefício e um desaparecimento rápido do alburno.
- O alburno é a camada em torno da madeira que vai sumindo ao longo dos anos e que, ao fazer isso, permite que o cerne da madeira se torne mais resistente e duro, sendo menos facilmente quebrado ou foco de pragas.
Exemplo de uma árvore de Pau-Brasil
Além das já conhecidas características desse material, o foco que populariza a madeira de lei é o fato dela não ceder com facilidade à umidade e às pragas comuns ao material, como cupins.
Vamos analisar essas características um a um.
Confira Abaixo!
Maior resistência à umidade
Ainda que todas as madeiras se mostrem extremamente resistentes – até mesmo o MDF, que não é natural como as opções de lei e sim industrializado, a umidade pode ser uma grande vilã de todas as espécies desse material.
– Uma madeira que possui exposição prolongada à umidade pode criar mofo, se abrir, apodrecer, vincar e até mesmo amolecer com o tempo. Porém, esse não é o caso da madeira de lei.
– Ela irá, de fato e com o passar do tempo, passar por deteriorações referentes a essa umidade, mas muito mais lentamente do que madeiras que não são consideradas de lei.
- Ainda que isso aconteça, é extrema importância manter todo e qualquer tipo de madeira fora do contato direto com a água e com a umidade em geral.
- Isso pode ser feito através da colocação da peça em um local seco e arejado ou da aplicação de vernizes que, nesse sentido, otimizam a vida útil de qualquer espécie de madeira, inclusive as de lei.
As principais alterações na madeira em relação à umidade advém do fato de que ela se expande e contrai de acordo com a quantidade de água que absorve ou perde. Nesse processo, além de apodrecer, espaços são formados nela.
Aproveite a resistência à umidade da madeira de lei, mas evite deixa-la exposta de qualquer forma!
Resistência à insetos e pragas
Quem tem madeira em casa e já contou com uma infestação de cupins ou outros insetos e pragas sabe como essa situação pode ser custosa – tanto financeiramente, quanto emocionalmente, ao ver suas peças lentamente serem “devoradas”.
– Nas madeiras de lei, esse cenário é um pouco mais raro de ser visto, uma vez que elas são extremamente mais resistentes a ele do que outras espécies desse material.
- Isso acontece uma vez que, com a diminuição do alburno, explicado acima, o cerne da madeira de lei produz substâncias químicas que ficam expostas no material.
- Essas substâncias químicas aumentam a sua resistência às pragas, segundo dados do site Viva Decora.
Os químicos citados também fazem com que a madeira se torne mais escura, sendo essa mais uma característica que pode designar as madeiras de lei.
Eles também conferem mais resistência à peça, característica que será citada a seguir.
Dureza e resistência da madeira de lei
Características que não podem ficar de fora dentre as vantagens de se contar com a madeira de lei são sua dureza e consequente resistência.
– Madeiras são resistentes por natureza, mas a presença do alburno em torno delas faz com que algumas das principais características do cerne da peça não sejam aproveitados.
– Uma vez que já vimos que o alburno é naturalmente removido do material ao longo dos anos ao se falar da madeira de lei, é possível entender o porquê de sua maior resistência e dureza.
– O cerne da árvore é uma de suas partes mais resistentes, impedindo que golpes e demais impactos firam as peças feitas de madeiras desse tipo.
Em suma, unindo todos os pontos acima citados, esse tipo de madeira é a que mais tende a durar ao longo dos anos e, consequentemente, possui um maior custo-benefício ao serem analisadas as suas vantagens.
Conclusão
A madeira considerada de lei possui esse nome em função de uma lei que impedia o corte de determinadas espécies pela Coroa portuguesa, mas essa lei não existe mais.
Ainda assim, o termo ainda existe, porém agora designando madeiras mais resistentes à umidade, aos fungos e pragas e mais duras, contando com maior qualidade e custo-benefício.
Exemplos de madeiras desse tipo, além dos citados acima, são: Mogno, Jacareúba, Ipê, Cumarú Araribá, Andiroba e Acaicá.
Muitas dessas espécies estão em extinção.
Sabendo tudo sobre a madeira de lei, conte com ela na confecção de seus móveis, portas, janelas, batentes, escadas, entre outros móveis e utilitários, a fim de otimizar sua longevidade e o seu gasto financeiro!